Renato Gaúcho (para nós gaúchos, o Portaluppi), nunca escondeu o sonho de treinar a Seleção Brasileira. Para tanto, precisa algo mais que o sucesso no Grêmio e no próprio Fluminense, como jogador e como técnico. Não basta a coleção de títulos. É fato que o Brasil está bem servido com Tite à frente do time canarinho. Nem se cogita a saída do técnico. Recém convocou o time para as Eliminatórias de 2022. Mas ele é o próprio exemplo de que o Timão pode ser um trampolim para sensibilizar a CBF para uma futura convocação de um substituto a longo prazo.
Assim como Tite, Mano Menezes teve sucesso no Grêmio, mas foi a partir do Corinthians que as portas da Seleção se abriram para ele. O mesmo vale para quem costuma ter sucesso no Flamengo e, invariavelmente, no futebol paulista. Felipão, depois do sucesso no Grêmio, brilhou no Palmeiras e comandou o Brasil no último título mundial, o Penta, em 2002.
Não deveria ser assim. Grandes técnicos passaram tanto pelo Grêmio como pelo Internacional, ou mesmo pelo Cruzeiro e pelo Atlético-MG e não foram convocados pela CBF. O próprio Telê Santana, do Galo, trabalhou no Grêmio em 1977, só foi parar na Seleção após o sucesso no São Paulo.
Não importa. Na fase ruim que está o Corinthians, se o Renato assumir e conseguir reerguer o time estará dando um grande passo na carreira como técnico. Curioso para ver ele no mercado de São Paulo, com a pressão de uma grande torcida e reencontrando Luan e Ramiro que, com ele, foram vitoriosos.
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