Caro Adenor, o futebol te deu uma rica oportunidade para comandar a Seleção Brasileira pela segunda Copa consecutiva. Uma chance de corrigir os erros do passado e trabalhar naquilo que gostas de chamar de processo. Bachi, o gringo de Caxias que foi jogador no meio-campo até chegar ao Guarani de Campinas. Longe de ser craque, tinha boa técnica e era ambidestro, numa demonstração de equilíbrio do jogo até na técnica. Acabou interrompendo a carreira de jogador por uma série de lesões de joelho para tristeza de dona Ivone Mazochi, a mãe e sua maior fã, que partiu aos 83 anos em 2019 e não poderá ver o filho nesta Copa. Mas estará nas lembranças do técnico, naquele filme que passa na cabeça, antes de um jogo como de hoje na estreia da Copa contra a Sérvia.
Tite como técnico é um vencedor. Campeão desde o Gauchão do Caxias contra o Grêmio de Ronaldinho Gaúcho, ou do Veranópolis na segundona Gaúcha, Copa do Brasil pelo Grêmio, Sul-Americana pelo Inter, Mundial, Libertadores, Brasileiros pelo Corinthians e Copa América pela Seleção. Tem a chance de comandar o Brasil rumo ao Hexa com uma geração fantástica de jogadores brasileiros. Pode sim ser criticado e deve porque não, mas é sem dúvida o melhor preparado para este momento. Curioso é que o apelido foi um engano de Luiz Felipe Scolari quando chamou o garoto Ade, para um treino no Caxias e o apresentou como Tite, que era outro colega dele num time escolar. Felipão foi o último técnico campeão mundial pelo Brasil. Tite já disse que vai deixar a Seleção após a Copa do Qatar. Acredito muito no Brasil nesta Copa. É o meu favorito. Boa sorte, Ade! Acima de tudo, neste Mundial eu torço demais pelo nosso Brasil e por Ti, Tchê.
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