A decisão do Grêmio de manter o técnico Roger Machado no comando do time não foi definitiva. Algo ficou em aberto até o jogo contra o Vasco na quinta-feira, em São Januário, pela Série B. Um empate ou uma derrota no Rio, certamente, vão criar um clima insustentável para a volta à Arena quando a equipe recebe o Novorizontino. O fato do técnico não participar da reunião desta segunda-feira (30/05), para avaliar a situação do time, só aumenta a pressão sobre Roger. Há um claro sinal de que existe um plano isolado da direção do clube com o departamento de futebol ate para se descolar da pressão da torcida que está desacreditada com todos.
Após o empate com o Vila Nova por 0 x 0, a torcida do Grêmio em Goiânia gritou o nome de Renato. Um dia depois, o presidente Romildo Bolzan Junior, convocou uma reunião de diretoria com o vice de futebol, Denis Abrahão, o diretor de futebol Sérgio Vasques. Roger Machado não foi chamado. Na saída do encontro, o presidente falou em mobilização para vencer o Vasco e a ideia foi "mudar, não mudando". Esta expressão ficou conhecida em 1997, quando o ex-presidente do Internacional, Pedro Paulo Zachia, decidiu manter Celso Roth no cargo.
A verdade é que o clima está muito parecido com as recentes saídas de Felipão, Thiago Nunes e Vagner Mancini, quando era criado um ambiente condicionado pelos resultados. Era uma espécie de lavagem das mãos da diretoria. Se o time não reage, a culpa é sempre do técnico. O único que saiu de uma forma diferente foi Renato porque trata-se de um nome muito forte para se demitir no Grêmio. E para ele voltar, somente se ele reduzir seu preço de mercado e mudar o departamento de futebol, pois Denis é um dos que entende que o ex-técnico começou o processo de decadência do time. Com certeza, o presidente e toda a diretoria querem que o Roger se recupere para não precisar mudar, mudando o técnico.
Comments