Dez no futebol não é apenas um número. É o número.
Foi com Pelé na Copa de 70 que o número 10 começou a ser sinônimo de craque. Não é para qualquer um ser coroado como o rei do futebol e vestir a 10.
Geralmente, o camisa 10 é o penúltimo da escalação de 1 a 11. O meia-esquerda canhoto. Mas esta não é uma regra depois de Pelé. Tanto que Rogério Ceni foi o principal jogador do São Paulo no gol e usou o 10 invertido, zero mais um. Dez no boletim é nota máxima, então não podemos escalar notas mínimas com ela. No Carnaval é perfeição, então o quesito é ser craque de bola.
Pouco importa se é um bom moço como o argentino Lionel Messi ou um rebelde como Diego Armando Maradona, afinal os dois são geniais como o francês Zinédine Zidane.
Todos estes estão numa seleção de 11 camisas 10 da FIFA que tem Pelé no topo. Ferenc Puskas, medalha de ouro da Hungria nos jogos de 52, Michel Platini, da França que brilhou na Juventus, Lothar Mattäus, que jogou cinco copas pela Alemanha, Gheoghe Hagi, craque canhoto da Romênia e do Barcelona, Mario Kempes, campeão mundial pela Argentina em 78.
Roberto Rivellino, do drible elástico, do Fluminense e do Corinthians é o outro brasileiro da lista. Tem ainda o italiano Roberto Baggio que na ausência de um camisa 10 do Brasil em 94 acabou sendo decisivo quando errou o pênalti que nos deu o tetracampeonato.
O Brasil teve outros memoráveis camisas 10 na Seleção. Nenhum do tamanho de Pelé. Zico, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho. Tem hoje Neymar, campeão olímpico. Uma espécie de popstar onde hoje dribles podem valer menos que selfies e gols são tão curtidos quanto likes.
O PSG tem hoje dois camisas 10. Messi e Neymar. Neymar ofereceu a 10 para Messi, preferiu a camisa 30. Quem sabe o gesto de Messi, seja uma assistência para que Neymar assuma o protagonismo do talento nato que possui. Assim, como Ronaldinho Gaúcho abriu o caminho para Messi no Barcelona. Mas é bom lembrar: Dez no futebol não é apenas uma camisa. É a camisa.
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