O Internacional teve um desempenho parecido com o restante da temporada 2019 no empate por 1 a 1 com o Athletico-PRno Beira-Rio pelo Brasileiro. Lento no meio-campo, frágil na lateral-esquerda e com pouca efetividade ofensiva. O técnico Zé Ricardo clonou o antecessor Odair Hellmann ao abrir mão das últimas escalações promovidas por ele ao retornar com D`alessandro e Patrick juntos no time. O Inter poderia até ter vencido não fosse a defesa de um pênalti de Santos na cobrança de Paolo Guerrero. Lindoso abriu o placar e Roni empatou para o time paranaense numa falha de Zeca.
O novo técnico precisa ter coragem para atacar problemas antigos senão vai ficar na mesma. Primeiro é perceber que o time do Internacional não pode abrir mão da velocidade no meio-campo e isso não significa necessariamente colocar o atacante Guilherme Parede, que tem limitações técnicas. Com Lindoso, Edenilson e Patrick, mais Parede e Guerrero na frente é quase uma cópia do mesmo time com Nico Lopez. Se quiser jogar com D'alessandro, que também é lento, precisa colocar Neilton e no ataque escolher um companheiro para Guerrero. O melhor ainda é o Nico Lopez que pelo jeito vai embora. Mas os problemas do Inter também passam pela lateral esquerda, onde Zeca não melhorou em quase nada no lugar de Wendell. Ele é frágil fisicamente. Se o garoto Heitor joga pela direita, porque o Erick não joga pela esquerda? Ele tem sido destaque nesta posição nos times da base colorada. Outra coisa é precipitado voltar com Rodrigo Moledo como titular quando Bruno Fuck é tão bom quanto ele, mas acrescenta em saída de jogo e nos passes. A grande atuação de Moledo contra o Athletico vai apagar o potencial maior de outro garoto colorado.
Eu não entendo esse retrocesso. Pensei que o novo técnico resolveria a questão da lentidão na transição do Inter. Mas parece que algo no vestiário impede. Decepção.