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Thiago Santos foi o melhor do Grêmio em campo contra o agora corintiano Giuliano. Foto: Lucas Uebel GFPA

O Grêmio fez um jogo neste sábado, 28/08, no mínimo para empatar com o Corinthians que também não fez tanta força assim para vencer como venceu por 1 a 0, na Arena, pela 18ª rodada do Brasilerão. Partida ruim com média de 4,4 (veja cotação no pé do texto). Tanto que os destaques dos dois times foram Thiago Santos pelo lado gaúcho e João Victor pelo lado paulista. Os dois times criaram pouco e seus atacantes Borja, depois Diego Souza, de um lado e Jô do outro, não ameaçaram os goleiros, de vida fácil.

No segundo tempo, Felipão e Silvinho mexeram no meio e no ataque. Mas foi numa jogada de bola parada que Jô de cabeça marcou o único gol da partida. Desconcentrado no lance do gol e com Maicon expulso depois, faltou controle emocional para o Grêmio que deixou escapar no mínimo um ponto. Com a derrota, segue na zona de rebaixamento (18º) e o Corinthians mantém as chances de uma vaga para a Libertadores.

O Grêmio começou melhor que o Corinthians porque acertou a marcação, apesar de abrir mão do trio de volantes. Thiago Santos à frente da zaga com Villasanti e Campaz mais adiantados. Mesmo com Ferreira pela esquerda e Alisson de volta à direita, a dificuldade novamente foi a criação quando o time precisa propor o jogo. Assim, Borja teve apenas uma chance de cabeça. Campaz chutou sem ângulo em jogada de penetração de Rafinha pela esquerda e Cássio chegou a soltar a bola. Mas nada de gol.

O Corinthians veio a campo sem o experiente Fagner , com o jovem Du Queiroz e Luan substituiu Adson. Apesar de errar um passe incrível, o ex-jogador do Grêmio parecia mais interessado que em outros jogos e teve uma boa chance que desviou na defesa. Recuado, o time paulista apostou em jogadas de contra-ataque puxadas por Giuliano, principalmente para Gustavo Mosquito. Se Borja teve poucas chances, Jô nem viu a bola tamanha a dificuldade do Timão sair da defesa.

O jogo seguiu igual até que os técnicos decidiram mexer. Maicon por Campaz e Léo Pereira por Ferreira no Grêmio. Vitinho na vaga de Luan e Vitinho por Roni no Corinthians. No Grêmio, podia ter trocado Villasanti por Fernando Henrique porque o paraguaio não vinha bem. Não tiraria Campaz. Podia ter adiantado ele para o ataque e colocado Maicon. Diego Souza substituiu Borja. O Corinthians especulou melhor pela esquerda com Vitinho. Logo Thiago Santos, que estava bem, fez uma falta em Jô. Vitinho cobrou a falta e Jô superou Ruan de cabeça e marcou o gol da vitória. Maicon perdeu a cabeça e foi expulso. O time do Grêmio reclamou que não havia sido falta na origem do lance, mas houve a falta. Perdeu tempo reclamando quando podia tentar empatar. O gol foi aos 34 minutos do segundo tempo. Aí, por pouco, numa bola na trave de Renato Augusto, o Corinthians não ampliou. Diego Souza sofreu falta de Cassio que recebeu cartão amarelo. Diego Souza tirou o cartão da mão do juiz e só não foi expulso porque Ricardo Marques Ribeiro deixou passar batido. O Grêmio ainda queria um pênalti em Rafinha em lance do primeiro tempo.


Cotações:


Grêmio


Gabriel Chapecó - Corinthians chutou pouco e não teve culpa no gol. Nota 5

Vanderson - Mais tímido que em outros jogos. Nota 4

Ruan - Pouco exigido. Subiu pouco com Jô no gol do Corinthians. Nota 3 Rodrigues - Também quase não precisou defender. Nota 5

Rafinha - Apareceu mais do que em outros jogos. Mas sem resultado. Nota 5

Thiago Santos - Muito firme na marcação como sempre. Se perdeu reclamando da falta que fez em Jô que originou o gol. Nota 6

Villasanti - Por partida dele pelo Grêmio. Até furou em bola. Nota 3

Campaz - Ainda buscando entrosamento, teve boa movimentação, arriscou duas bolas longe do gol, mas no finalzinho do primeiro tempo quase sem ângulo acertou um belo chute que dificultou a defesa do Cássio. Nota 5 Alisson - Só esforçado - Nota 3

Borja - Quase não apareceu. Nota 3 Ferreira - Ainda sem ritmo, foi substituído. Nota 3

Maicon - Entrou bem. Mas um jogador experiente não pode ser expulso da forma que foi. Nota 0 Léo Pereira - Não surtiu efeito - Nota 2

Diego Souza - Pesado, com pouco tempo, ainda criou uma chance quando sofreu falta. Nota 4

Técnico Felipão - Não escalou mal, embora abriu mão do que defendia e estava dando certo: os três volantes. Podia ter colocado Maicon mais cedo. Podia ter mantido Campaz e tirar Villasanti. Não teve culpa pela perda de cabeça do time. Nota 4


Média do Time - Nota 3,6


Corinthians

Cássio - Soltou uma bola de Campaz, chegou atrasado em Diego Souza e fez uma falta dura, arriscando ser expulso, mas acabou não comprometendo nem foi exigido. Nota 5

Du Queiroz - Segurou o setor de Rafinha e teve a vida facilitada com Alisson pela esquerda no segundo tempo. Nota 5

João Victor - O melhor em campo, preciso na marcação e nos passes. Nota 7

Gil - No que foi exigido, foi firme. Nota 5

Fábio Santos - Mais contido atrás que apoiando. Nota 4

Gabriel - Cumpriu a função tática. Nota 5

Roni - Discreto. Foi substituído. Nota 4

Giuliano - Tentou criar no primeiro tempo. Funciona melhor com Renato Augusto. Nota 5

Luan - Melhorou, mas ainda longe daquele grande jogador. Nota 5 Gustavo Mosquito - Tímido, sem resultado efetivo no ataque. Nota 5 - Sofreu a falta do lance do gol e marcou o gol da vitória. Nota 6

Vitinho - Entrou bem, trouxe um pouco mais de intensidade. Cobrou a falta na cabeça de Jô. Nota 6

Renato Augusto - Ainda esta sem o ritmo ideal. Mas é um jogador diferenciado. Quase fez um gol que parou na trave com goleiro já batido. Nota 6 Gabriel Pereira - Sem tempo para pontuar. Sem Nota


Média do Time - 5,2


Técnico - Sylvinho - Escalou bem o time para não perder em Porto Alegre e especular uma vitória. Podia ter mexido antes, mas Vitinho e Renato Augusto melhoraram o time que chegou a vitória, quando poderia ter empatado pela atuação. Não correu risco de perder. Por este aspecto teve mérito, ainda mais fora de casa. Nota 6


Média do Jogo - 4,4 (Ruim)


Legenda:

0 a 2 - Péssimo

3 a 4 - Ruim

5 - Médio

6 a 7 - bom

8 a 9 - Muito Bom

10 - Excelente


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Thiago Santos machucado desfalca o Grêmio contra o Juventude e por ate 30 dias. Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Afinal, de quem é a maior responsabilidade pela má campanha do Grêmio na largada do Brasileirão? Se formos levar em conta as escolhas erradas do técnico Tiago Nunes nos primeiros três jogos, quando o Grêmio perdeu, e algumas que persistem, a maior culpa com certeza é dele. Mas a longo prazo, as contratações feitas nos últimos anos e o não aproveitamento da base que ficou só no discurso, são decisões da direção. Dentro de campo, ao final, quem resolve são os jogadores.

Então, está tudo errado? Não. Mas cada setor do clube tem sua parcela de culpa. Os maiores erros são do técnico porque quando o time piora em relação ao técnico anterior é por decisão dele ou por falta de comando dele em liderar um processo de evolução que não aconteceu. Existem algumas questões pontuais do time do Grêmio que Tiago Nunes poderia ter mexido e não mexeu.

Vanderson não pode se reserva de Rafinha se está jogando mais e pode trazer maior velocidade, poder de gol e intensidade ao time. Lucas Silva não pode ser o reserva do Thiago Santos se o Grêmio precisa melhorar a criatividade do time no meio-campo. Ou se coloca o Darlan ou o Jean Pyerre e recua o Victor Bobsin que não sabe armar o jogo. Ou coloca até os dois e tira o Matheus Henrique. Arrisca antes que seja tarde demais. O jogo contra o Juventude é um divisor de águas para o Grêmio que não pode ficar seis jogos sem vencer no Brasileiro e permanecer na lanterna da competição. Aliás, não será somente uma sequência de seis jogos sem vencer, mas também nenhum jogo vencido até então no Brasileiro. Não pode. Como não pode também a direção simplesmente trocar o técnico ali na frente e não saber os motivos menos urgentes que cabiam a ela resolver.

O mesmo vale para os jogadores. É muito fácil o time fracassar na largada e colocar tudo na conta do treinador. Então, direção, jogadores e comissão técnica precisam juntos lamber suas feridas e deixar o orgulho ferido de lado. Chega de falar que o Grêmio tem time para ser campeão, que a equipe evoluiu, que vão dar a volta por cima. O primeiro sinal de grandeza é saber reconhecer suas fraquezas e acima de tudo colocar toda a energia dentro de campo pelo resultado positivo. A vitória é o melhor remédio para cicatrizar a crise que a cada rodada só piora.


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