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A triste bipolaridade do Brasil no enfrentamento do Covid-19

O Brasil terá semanas decisivas pela frente no combate ao novo Corona Vírus. Ou a população leva a sério o isolamento social indicado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ou segue as sugestões do presidente Jair Bolsonaro de que a crise está no fim. O mais grave desta bipolaridade é uma politização da pandemia no País. Os dois são políticos e fazem hoje aquilo que esperam ter resultados em 2022, quando teremos eleições presidenciais. Fica a dúvida se o presidente está contra Mandetta por realmente ter opinião diferente sobre as estratégias de combate ao Covid-19 ou está preocupado com um candidato em potencial como já fora FHC quando ministro da Fazenda se valeu do plano real para se eleger presidente?

O próprio ministro diz que o Brasil não sabe se escuta o presidente ou o ministro da saúde em entrevista exclusiva à TV Globo, exibida nesta domingo no Fantástico. Do outro lado, o presidente diz que não tem como repercutir a entrevista porque não assiste à Globo. Piada. Se ele não assiste, milhões assistem. A saída para a população, mais que nunca, é pensar de uma forma barrista. Melhor ouvir os governadores e os prefeitos. Mas uma coisa ninguém tem dúvida. Quem não tiver contato social, não vai ser infectado. Ninguém fica doente por imaginação. Então, cada um pode decidir o que prefere independente do pensamento infectado e bipolar de quem deveria ter um discurso único. E não adianta depois o presidente e o ministro lavarem as mãos. Nem com álcool gel.

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