O técnico uruguaio Cacique Medina chegou com um objetivo bem claro de colocar logo o primeiro Inter de 2022 com os titulares na estreia do Campeonato Gaúcho diante do Juventude, sábado, dia 22 de janeiro, no Alfredo Jaconi. Nada de time de transição. Concordo com ele, pois não há tempo nem muitas peças para remontar uma equipe que terminou muito mal a temporada passada. Liberou Patrick e pode perder Edenilson e Yuri Alberto. Chegaram o meio-campo Liziero, o atacante Wesley e o meia D'alessandro. A ideia de ter dois pontas como Marinho e Nikão já sucumbiram. O primeiro deve permanecer no Santos e o segundo foi para o São Paulo.
O primeiro grande desafio de Medina é colocar em campo um time mais propositivo, com marcação alta com as peças que tem ou terá à medida que o clube traga mais reforços. Uma equipe mais criativa, de transição mais rápida e objetiva no ataque. A defesa não é nem foi o problema do Inter no ano passado. Do meio para frente é que sofria bastante. O segundo é conquistar logo a torcida, já que também terá pouco tempo de aprovação. Mas com um desempenho melhor e resultados positivos contra adversários teoricamente mais fracos, exceto Grêmio e Juventude, pode conseguir isso. Ainda terá um terceiro desafio: ganhar um título. E o único ao alcance é o Gauchão.
Com as peças que tem, Medina não terá muito como fazer um time com atacantes de extrema. Terá que improvisar. A primeira formação viável é um time com Yuri Alberto e Wesley à frente. Uma formação 4-3-1-2 com um losango. Edenilson pela Direita, Taison e Moisés caem pela esquerda, agora sem Patrick. Teria dos jogadores de área, muitos cruzamentos e Liziero fechando para o meio à frente da área para arrematar de longe. Acredito que a defesa precisará ter maior poder de marcação e, por isso, Mercado pode começar como lateral-direito.
Outra alternativa é pensar se Edenílson for para o Atlético-MG. Neste caso, Medina pode optar por uma formação com três atacantes, deslocando um pouco mais aberto Yuri pela direita e entrando com Gustavo Maia na Esquerda. No meio, Liziero ocuparia uma faixa mais defensiva pela esquerda e Dourado pela direita tendo Taison centralizado atrás do centroavante Wesley. Igual, ficaria um time mais frágil defensivamente, mas poderia ganhar em velocidade. Talvez mais adequado para contra-ataques e jogadas pelas pontas com menos jogo aéreo.
Por último, sem Yuri Alberto, numa negociação do jogador para uma equipe da Europa, haveria uma outra possibilidade de de reabilitar o 4-2-3-1. O time teria dois extremas vindo do meio que seriam Palácios e Gustavo Maia com Wesley centralizado bem próximo da área. Taison numa linha centralizada atrás e Liziero e Dourado como faziam Lindoso e Dourado. Em todas estas formações jogadores como Maurício, Cadorini e Caio Vidal podem ser encaixar, assim como a própria entrada do Heitor na lateral, Lindoso e Johnny como volantes e Kaique Rocha e Moledo na zaga.
Dale - Nem cogitei D'alessandro no time. Certamente, terá um papel importante como jogador no banco e começando alguns jogos quando Taison não puder jogar ou entrando na vaga de alguém do ataque para reter a bola mas sempre no segundo tempo e finais de jogos. Mas será bem mais um preparo para que ele integre a comissão técnica ou um cargo na coordenação do futebol no segundo semestre e tenha a tão merecida despedida da carreira com a torcida. Em qualquer alternativa, dá para perceber que o time carece de maior qualidade e começa a temporada com maiores dificuldades. Estas ideias de jogo são alternativas que criei com base no que enxergo de potencial do elenco. Não sei o que Medina fará e aliás é esta a grande curiosidade que tenho em relação ao primeiro Inter de 2022.
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