- Caco da Motta
- 30 de jun.
- 2 min de leitura

Renato Gaúcho, que para nós gaúchos é Portaluppi, é o salvador da Pátria de Chuteiras no Mundial de Clubes. A manchete em La Gazzetta dello Sport poderia ser: Inter cai diante do Fluminense de Renato. Mas aí ia ficar confuso porque neste caso é a Inter de Milão e não o Inter, o clube italiano que tem até as cores azul e preta do Grêmio. Mas o destaque nem é este e sim o fato de Renato não ser apenas o único técnico brasileiro classificado, ele é o único sul-americano à frente de Filipe Luís com um time muito mais estrelado que o Fluminense, que Marcelo Gallardo do River Plate, que Miguel Angél Russo, do Boca Juniors, sem deixar de citar Cholo Simeone do Atletico de Madrid e ainda podemos falar de Mascherano do Inter Miami de Messi e Suárez e outro argentino Martin Anselmi que a esta altura pode nem ser mais o técnico do Porto.
O Fluminense me impressimou no primeiro jogo contra o Borussia Dortmund pela postura ousada no empate por 0 x 0. Faltou o gol porque era para ter vencido. Depois de vencer o Ulsan Hyundai jogou pelo regulamento para se classificar num 0 x 0 apagado contra o Mamelodi Sundows. Mas na hora do mata-mata, aquele time corajoso voltou. Em tempo: o Flamengo que havia dado show, foi atropelado pelo Bayern. O Palmeiras é a equipe mais equilibrada com um grande elenco e o trabalho de um técnico português há mais tempo. Abel Ferreira passou pelo Botafogo de Renato Paiva, que até então tinha vencido o PSG, o campeão da Europa. Só que já foi demitido pelo cowboy carioca John Textor. Renato apostou em linha de três zagueiros, liderada por Thiago Silva: um líder em campo e fora dele quando sugeriu para Renato dar um fôlego a Jhon Arias. O colombiano foi o melhor do time que teve Fábio um paredão no gol aos 44 anos, um gol relâmpago de German Cano e matou o jogo no último suspiro com um gol do volante de Jaicós do Piauí, Hércules. Teve menos posse de bola, teve 11 finalizações contra 16 da Inter, só que foi 4 x 4 em chutes a gol e dois gols de vantagem. Ninguém sabe, ninguém viu Lautaro Martinez, tampouco Thuran, Di Marco e companhia. A trave ajudou. Renato teve um momento Gre-Nal quando deu um chute na bola, irritando Mkhitaryan. Do Oiapoque ao Chuí, é necessário reconhecer que o Brasil tem um técnico muito vivo no Mundial que precisa ser reconhecido por entender da tática do jogo e principalmente da tática da autoestima. Afinal, foi ele que disse que jogou mais que Cristiano Ronaldo e, assim como Pepe Guardiola, esteve em todos os modelos do mundial de clubes, campeão como jogador em Tóquio em 1983, marcando dois gols contra o Hamburgo, e vice como técnico do Grêmio contra o Real Madrid de CR7 em 2017. O que fará ainda em 2025 pelo Fluminense?