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Sem tempo a perder: Medina começa a trabalhar logo para acertar o novo Inter com poucas opções no elenco. Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional

O técnico uruguaio Cacique Medina chegou com um objetivo bem claro de colocar logo o primeiro Inter de 2022 com os titulares na estreia do Campeonato Gaúcho diante do Juventude, sábado, dia 22 de janeiro, no Alfredo Jaconi. Nada de time de transição. Concordo com ele, pois não há tempo nem muitas peças para remontar uma equipe que terminou muito mal a temporada passada. Liberou Patrick e pode perder Edenilson e Yuri Alberto. Chegaram o meio-campo Liziero, o atacante Wesley e o meia D'alessandro. A ideia de ter dois pontas como Marinho e Nikão já sucumbiram. O primeiro deve permanecer no Santos e o segundo foi para o São Paulo.

O primeiro grande desafio de Medina é colocar em campo um time mais propositivo, com marcação alta com as peças que tem ou terá à medida que o clube traga mais reforços. Uma equipe mais criativa, de transição mais rápida e objetiva no ataque. A defesa não é nem foi o problema do Inter no ano passado. Do meio para frente é que sofria bastante. O segundo é conquistar logo a torcida, já que também terá pouco tempo de aprovação. Mas com um desempenho melhor e resultados positivos contra adversários teoricamente mais fracos, exceto Grêmio e Juventude, pode conseguir isso. Ainda terá um terceiro desafio: ganhar um título. E o único ao alcance é o Gauchão.

Com as peças que tem, Medina não terá muito como fazer um time com atacantes de extrema. Terá que improvisar. A primeira formação viável é um time com Yuri Alberto e Wesley à frente. Uma formação 4-3-1-2 com um losango. Edenilson pela Direita, Taison e Moisés caem pela esquerda, agora sem Patrick. Teria dos jogadores de área, muitos cruzamentos e Liziero fechando para o meio à frente da área para arrematar de longe. Acredito que a defesa precisará ter maior poder de marcação e, por isso, Mercado pode começar como lateral-direito.

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Formação do Inter com dois atacantes e sem os extremos que pretende Medina num 4-3-1-2

Outra alternativa é pensar se Edenílson for para o Atlético-MG. Neste caso, Medina pode optar por uma formação com três atacantes, deslocando um pouco mais aberto Yuri pela direita e entrando com Gustavo Maia na Esquerda. No meio, Liziero ocuparia uma faixa mais defensiva pela esquerda e Dourado pela direita tendo Taison centralizado atrás do centroavante Wesley. Igual, ficaria um time mais frágil defensivamente, mas poderia ganhar em velocidade. Talvez mais adequado para contra-ataques e jogadas pelas pontas com menos jogo aéreo.

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Inter sem Eden;ilson abre uma vaga que pode colocar Gustavo Maia num 4-3-3 improvisado com Yuri na direita.

Por último, sem Yuri Alberto, numa negociação do jogador para uma equipe da Europa, haveria uma outra possibilidade de de reabilitar o 4-2-3-1. O time teria dois extremas vindo do meio que seriam Palácios e Gustavo Maia com Wesley centralizado bem próximo da área. Taison numa linha centralizada atrás e Liziero e Dourado como faziam Lindoso e Dourado. Em todas estas formações jogadores como Maurício, Cadorini e Caio Vidal podem ser encaixar, assim como a própria entrada do Heitor na lateral, Lindoso e Johnny como volantes e Kaique Rocha e Moledo na zaga.


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Inter sem Yuri Alberto. Todas as fichas em Wesley centralizado no habitual 4-2-3-1

Dale - Nem cogitei D'alessandro no time. Certamente, terá um papel importante como jogador no banco e começando alguns jogos quando Taison não puder jogar ou entrando na vaga de alguém do ataque para reter a bola mas sempre no segundo tempo e finais de jogos. Mas será bem mais um preparo para que ele integre a comissão técnica ou um cargo na coordenação do futebol no segundo semestre e tenha a tão merecida despedida da carreira com a torcida. Em qualquer alternativa, dá para perceber que o time carece de maior qualidade e começa a temporada com maiores dificuldades. Estas ideias de jogo são alternativas que criei com base no que enxergo de potencial do elenco. Não sei o que Medina fará e aliás é esta a grande curiosidade que tenho em relação ao primeiro Inter de 2022.



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Pelo sim, pelo não: Roger Machado pode ser o novo técnico do Internacional.

Sabe aquela escolha feita por pétalas de uma flor, bem-me-quer, malmequer? É assim que o Inter está à escolha do novo técnico. Uma clara demonstração de que sim, o Inter é confuso para decidir. Não, a direção colorada não sabe o que quer. Até consegue esperar pelo sim e pelo não de Diego Aguirre na seleção uruguaia, embora já esteja discutindo quem seria seu substituto. Roger é o nome mais cotado mas tem gente na direção que diz sim, outros que dizem não.

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O comportamento do time reflete o da direção. Falta convicção. Não é toa que o Inter, sim, foi apontado como candidato a uma vaga para Libertadores em 2021. Não caiu, mas também não garantiu vaga para a pré-Libertadores. Sim, o Inter ganhou o Gre-Nal que rebaixou o Grêmio e está na Sul-americana. Não, o Inter perdeu até o modesto Gauchão para o mesmo Grêmio. Sim, Eduardo Coudet é a solução. Não é o Abel Braga, mas o Miguel Angel Ramirez. Sim, o melhor é o Aguirre. Não, não é mais.

Roger, sim, é um ótimo nome com conhecimento de futebol e capaz de montar uma equipe competitiva com um jogo propositivo. Não interfere em nada ele ter sido um jogador identificado com o Grêmio. Sim, Roger Machado muitas vezes não acaba o que começa bem. Não é bom, porém, esperar que um outro estrangeiro se adapte ao Beira-Rio como alguns indicam para que Sebastián Beccacece, do Defensa y Justicia, seja o indicado. Roger sim, Roger não. O dilema Colorado. Inter sim, Inter não. Até quando?

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Villasanti como centroavante marcou um gol e foi o melhor em campo. Foto: Lucas Uebel/GFPA

Não foi nada fácil. Mas o Grêmio conseguiu vencer o Juventude por 3 a 2 na Arena neste domingo (17/10). Mérito para o técnico estreante Vagner Mancini, que escalou um meio-campo dinâmico capaz de marcar e criar ao mesmo tempo. Um time de sistema híbrido que joga no contra-ataque, mas também propõe o jogo como fez no início com muita intensidade. Villasanti fez a melhor partida dele com a camisa do Grêmio, tanto que até marcou um dos gols. Foi também o melhor em campo, em partida que teve Douglas Costa e Rafinha como destaques. Alias os dois jogaram os 90 minutos. Mas a torcida também foi muito decisiva e apoiou o time até o final. Foram 15 mil vozes tricolores como pediram os novos dirigentes do departamento do futebol.

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Grêmio x Juventude com as escalações iniciais. Meio-campo do Grêmio foi superior.

O time do Grêmio voltou a cair no segundo tempo. O Juventude foi superior nos minutos finais, mas não suficiente para empatar. O Grêmio permanece no Z4, uma posição baixo do Juventude que entrou na zona da degola. O próximo jogo do Grêmio é contra o Atlético Goianiense somente 25/10, em Goiânia. O Juventude recebe o Ceará no Alfredo Jaconi no próximo sábado.

O JOGO - O Grêmio demorou um pouco para se encontrar no jogo. Mas o sistema de jogo estava equilibrado tendo Thiago Santos, como volante de marcação, Villasanti com saída e uma linha de três no meio com a qualidade de Douglas Costa, o perfil articulador de Jean Pyerre e a entrega de Alisson. Diego Souza ficou isolado na frente. O Juventude apostava nos contra-ataques com Capixaba, Bóia e Sorriso. Mas o Grêmio dominou o meio-campo e com maior posse de bola somada a uma atitude mais intensa começou a criar situações de gol.

Na metade do primeiro tempo, num chute de Alisson, o goleiro Douglas defendeu e na sobra, Douglas Costa abriu o placar. Dois minutos depois, Alisson mandou outra bomba. Desta vez, Douglas largou para Diego Souza fazer o segundo. O gol deu tranquilidade ao time do Grêmio que há muito tempo não ia para o intervalo tão tranqüilo.

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Grêmio 3 x 2 Juventude, formação final com Douglas Costa jogando 90 minutos

Os dois times voltaram na segunda etapa com mudanças. Kannemann saiu para a entrada de Rodrigues no Grêmio e Roberson ingressou no ataque do Juventude na vaga de capixaba. O Juventude se soltou mais e abriu espaços. Villasanti apareceu na área e Rafinha cruzou na medida para o volante paraguaio ampliar. 3 a 0. Parecia que o jogo estava decidido. Mas o Juventude ainda reagiu. Michel Macedo cruzou para o gol de Sorriso.

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Diego Souza foi substituído mas com um gol foi aprovado por Mancini. Foto: Lucas Uebel/GFPA

O Juventude parecia mais forte fisicamente e ainda se reforçou com Chico no lugar de Castilho, Wescley por Paulinho Bóia e Marquinhos por Marcos Vinicios. O Grêmio se sentiu ameaçado e Mancini também mexeu. Primeiro colocou Ferreira no lugar de Jean Pyerre. Depois promoveu Elias Manoel por Diego Souza e Lucas Silva por Thiago Santos. Em seguida, tirou Vanderson para colocar Rafinha na lateral direita com a entrada de Bruno Cortês. O Juventude ainda colocou Fernando Pacheco para a saída de Dawhan. O jogo seguiu truncado até o final, mas o Juventude foi ousado até que conseguiu descontar nos acréscimos com Roberson. Vagner Mancini fez o sinal da cruz e agradeceu a Deus pela primeira vitória no comando do Grêmio.



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