top of page

ree
A despedida do craque D'alessandro, sem dúvida, é a grande atração do Gauchão 2022

É quase uma várzea.


Os Campeonatos Estaduais de futebol do Brasil estão em baixa. Na largada da temporada 2022 do futebol brasileiro, nunca se viu competições tão ruins tecnicamente e, consequentemente, pouco atrativas a não ser nas finais. Tanto que existem vários pacotes para assistir ao vivo em canais de TV e de Streaming, mas que perdem espaço para filmes, novelas, futebol internacional e outros esportes. Com a globalização do futebol na TV, chega ser uma afronta assistir um confronto tão precário na atmosfera de canais que transmitem o Espanhol, Premier League, Francês, Italiano, Liga dos Campeões e outros esportes. Cada vez é mais comum ver a gurizada comer churrasco, tomar cerveja e ver um jogo da Europa. Lá é raiz, aqui é aipim.



Sem Var, fica difícil

O Campeonato Gaúcho, por exemplo, ainda não viu o novo Grêmio de Mancini e, sem VAR na largada, acumula erros de arbitragem, fora a cavalgada pampeana dos gramados esburacados, os ingressos caros em horários de um calor do deserto. A maior atração foi o Inter com um gol de falta de D'alessandro na reestreia dele e a venda espetacular de Yuri Alberto para o Zenit.

O Paulista, o melhor de todos os estaduais, apresentou um jogo bom do Palmeiras com os titulares na largada quando venceu o Novorizontino por 2 a 0. Mas depois começou a se poupar para o Mundial de Clubes. Corinthians, São Paulo e Santos fizeram jogos horrorosos até aqui. Nem o Galo ainda cantou no Mineiro onde o Cruzeiro é o destaque.

Quase não me atrevo a falar do Campeonato Carioca. Difícil encontrar um jogo na TV ou streaming, menos mal que o sinal caiu com os reservas do Flamengo porque o Fluminense, o Botafogo SA e o Vasco não mostraram nada demais. A saída pode ser a volta dos regionais como Copa Rio-São Paulo, Sul-Minas como fazem os times no Norte e do Nordeste. Emoção mesmo, só nas finais e olhe lá.

Surto de Covid-19 no Gauchão tira Elias da estreia dos titulares do Grêmio

ree

Não bastasse a baixa qualidade dos jogos iniciais, o Gauchão apresenta um surto de Covid-19. So no Guarany de Bagé são 11 jogadores e pode ter mais o que deve impedir que o time entre em campo em pelo menos dois jogos. O Grêmio teve três infectados entre os garotos que Vagner Mancini poderia aproveitar na estreia dos titulares contra o São José nesta quarta-feira (02/02) na Arena. São eles: Pedro Lucas, Heitor e Elias. O atacante Elias, com três gols em dois jogos pelo time de transição, perde uma grande chance de abrir a temporada até mesmo como titular. Mas não sei o técnico do Grêmio teria esta coragem. Vai demorar para saber. Quem sabe será mais uma desculpa para não aproveitar logo adiante um guri que está voando.


Douglas Costa: a estrela perto de Hollywood

ree
Douglas Costa na vitrine exibe foto com a camisa do Los Angeles Galaxy

Longe do Gauchão, a estrela de Douglas Costa, apagado e rebaixado no Grêmio, vai brilhar na terra do Tio Sam, bem pertinho de Hollywood, no Los Angeles Galaxy da MLS. O jogador até publicou uma foto com a camisa do time americano, mas ainda não foi anunciado. Outro ex-camisa 10 do Grêmio Jean Pyerre foi anunciado para o Giresunspor, da Turquia. Então, o Grêmio deu de prêmio a 10 para Ferreira junto com a renovação até 2024. O diretor de futebol Sergio Vasques lembrou que a camisa é pesada por ser a mesma do Pelé, sem lembrar que o Grêmio teve o seu Pelé: Ronaldinho Gaúcho.

O último grande camisa do Grêmio 10 foi Douglas, não o Costa, mas parece que recentemente é uma camisa maldita porque já teve Thiago Neves e Felipe Vizeu.

Ferreira merece e tem bola para se destacar. Nem tanto para Ronaldinho tampouco para o carisma de Tcheco. Mas a camisa pesada do Grêmio é a 7 do Renato, que por sinal está com Campaz, o garotinho colombiano que ainda busca uma vaga no time de Mancini.

Quem cai primeiro?


ree
Sylvinho sofre forte pressão da torcida do Corinthians por melhor desempenho do time

Só no Campeonato Paulista são três técnicos que sofrem a desconfiança dos torcedores. O primeiro da lista é o técnico Sylvinho do Corinthians. Classificado para a Libertadores, o Timão se reforçou na temporada passada com Roger Guedes, Willian e Giuliano. Este ano, com a chegada de Paulinho, ainda em busca de outros reforços, o time não engrenou. Empatou com a Ferroviária e venceu sem convencer o Santo André. O time não encanta, mesmo que ainda não tenha todos jogadores à disposição.

O São Paulo do Rogério Ceni apostou em dois jogadores da má campanha do Grêmio rebaixado como reforços: Rafinha e Alisson e ainda tem Patrick que veio do Inter e Nikão do Athletico-PR. Perdeu para o Guarani em Campinas por 2 a 1 e sofreu num empate sem gols contra o Ituano. Vi um São Paulo muito bagunçado, mas Patrick foi bem. O Santos do Fábio Carille é o pior de todos e também não venceu (empate sem gols com a Inter de Limeira e derrota para o Botafogo-SP por 1 a 0). Pode ser que Ricardo Goulart faça a estreia no clássico contra o Corinthians nesta quarta (02/02), às 21h30.

Em outros estaduais, vejo a situação do Vagner Mancini no Grêmio como delicada porque o time melhorou na reta final do Brasileiro, mas não o suficiente para evitar o rebaixamento. A largada dos titulares contra o São José dará sequência a desconfiança do torcedor desde o rebaixamento. Sem Douglas Costa, a peça fundamental será Benitez no time. Ainda precisa definir outros titulares como Campaz, ou Janderson e até Elias, pós covid-19. No Carioca, o Fluminense tem no mínimo que brigar pela condição de segunda força como tem sido, atrás do Flamengo, mas Abel Braga terá muito trabalho para arrumar um time cheio de velhas novidades.

Os novos técnicos ainda tem um certo tempo para se adaptar e não sofrem aquela pressão inicial, embora a torcida exigirá muito dos estrangeiros Cacique Medina no Inter, Antonio Mohamed no Galo e Paulo Souza no Flamengo. Se até o bicampeão da América pelo Palmeiras, Abel Ferreira, já sofreu muita pressão, é bem provável que algum destes possa não ter um caminho tão longo. Ou seja, os Estaduais apesar de pouco atrativos, servem de vestibular para os professores no futebol brasileiro.

Dica de Jornalismo Esportivo #1 Olho Vivo e Faro Fino



ree
Olho Vivo e Faro Fino sempre atentos em alguma apuração

O distanciamento social e o profissionalismo do futebol afastou os repórteres dos personagens, mas não da observação. Sempre gostei de levar comigo como lema o nome de dois personagens de desenho animado da minha infância: Olho Vivo e Faro Fino. Foi difícil para mim dar um tempo à reportagem e virar chefe na RBS TV de Florianópolis. Sempre fui muito inquieto, mais de rua que de redação. Mas foi ali que incentivei a equipe a ser curiosa, circular nas redondezas dos estádios, falar com personagens anônimos, o pipoqueiro, o vizinho, farejar histórias. Um repórter de Porto Alegre havia me chamado a atenção (numa fita Betacam que recebi dele) pela facilidade de cavar histórias: Marco Aurélio Souza. Logo indiquei a contratação dele e depois foi para TV Globo em São Paulo onde está até hoje.

ree
Marco Aurélio Souza e equipe com Silvia e Nickollas Grecco

Do Amaro Junior, do Guarani da Palhoça, do Xexéu da Peixaria do Chico até a mãe palmeirense Silvia Grecco, que narrava os jogos em pleno estádio para o filho Nickollas Grecco, deficiente visual. Marco usou seu faro jornalístico como poucos. Não fosse ele e sua equipe da Globo, jamais o mundo se emocionaria com uma história tão incrível que levou a dupla mãe e filho ao troféu Fifa Fan Award em 2019. O melhor de tudo é que o colega e amigo está rabiscando todas estas e outras histórias. Eu como curioso, inquieto e farejador, não vejo a hora de encontrar estes textos em breve numa livraria. Fica a dica do leão marinho aos focas de plantão.


ree
FRASE DO DIA “Para aprender a ter sucesso, é preciso primeiro aprender a fracassar.” MICHAEL JORDAN



ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO THE LAST DANCE "O ARREMESSO FINAL", EM NETFLIX.







FREEKICK É A COLUNA EM TIRINHAS DO MEU BLOG. LEIA UMA, DUAS OU TODAS E AINDA LEVA DICAS DE JORNALISMO ESPORTIVO, FRASES, LINKS DE VÍDEOS, ÁUDIOS E OUTROS CONTEÚDOS. CACO DA MOTTA :)

ree
Pelo sim, pelo não: Roger Machado pode ser o novo técnico do Internacional.

Sabe aquela escolha feita por pétalas de uma flor, bem-me-quer, malmequer? É assim que o Inter está à escolha do novo técnico. Uma clara demonstração de que sim, o Inter é confuso para decidir. Não, a direção colorada não sabe o que quer. Até consegue esperar pelo sim e pelo não de Diego Aguirre na seleção uruguaia, embora já esteja discutindo quem seria seu substituto. Roger é o nome mais cotado mas tem gente na direção que diz sim, outros que dizem não.

ree

O comportamento do time reflete o da direção. Falta convicção. Não é toa que o Inter, sim, foi apontado como candidato a uma vaga para Libertadores em 2021. Não caiu, mas também não garantiu vaga para a pré-Libertadores. Sim, o Inter ganhou o Gre-Nal que rebaixou o Grêmio e está na Sul-americana. Não, o Inter perdeu até o modesto Gauchão para o mesmo Grêmio. Sim, Eduardo Coudet é a solução. Não é o Abel Braga, mas o Miguel Angel Ramirez. Sim, o melhor é o Aguirre. Não, não é mais.

Roger, sim, é um ótimo nome com conhecimento de futebol e capaz de montar uma equipe competitiva com um jogo propositivo. Não interfere em nada ele ter sido um jogador identificado com o Grêmio. Sim, Roger Machado muitas vezes não acaba o que começa bem. Não é bom, porém, esperar que um outro estrangeiro se adapte ao Beira-Rio como alguns indicam para que Sebastián Beccacece, do Defensa y Justicia, seja o indicado. Roger sim, Roger não. O dilema Colorado. Inter sim, Inter não. Até quando?

ree
Bruno Mendez foi o melhor jogador do Inter em Goiânia, firma na defesa e salvando uma bola na linha do gol. Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional

O Internacional empatou sem gols com o Atlético-GO, em Goiânia, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Diego Aguirre manteve a mesma postura tática com dois volantes de marcação, mas a atuação foi timida sem criatividade, muitos erros e não soube repetir os contra-ataques efetivos. Mexeu, tentou se impôr no segundo tempo, mas seguiu sem ambição e perdeu a chance de ultrapassar o próprio Atlético-GO (7º), que poderia ter vencido, e permanece na mesma posição na tabela. (10º)

O Inter impôs de imediato uma forte marcação diante do tímido Atlético Goianiense que só começou a tomar iniciativas ofensivas na metade do primeiro tempo. Chegou colocar a bola na rede, num lance de impedimento e o gol de André Luiz foi anulado. Janderson substituiu Arthur Henrique, que sentiu a perna esquerda. Sem criatividade para se impor no jogo, o time de Diego Aguirre apostou no contra-ataque em arrancadas puxadas por Edenilson e Taison sem sucesso. Errou muitos passes e desperdiçou cruzamentos, correndo riscos de permitir maior posse de bola ao adversário. Daniel fez boa defesa num chute perigoso de João Paulo. O primeiro tempo foi pobre e equilibrado que justificou o placar zerado.

Com os times iguais no segundo tempo, o Atletico passou a atacar mais e chegou duas vezes com perigo e pelos dois lados. Na melhor chance, João Paulo chutou dentro da área e com Daniel batido, Bruno Mendez salvou na linha do gol. Moisés foi um dos que mais apareceu no jogo, mas desperdiçou demais as chances que teve de cruzar. Caberia arriscar Paulo Victor que é ótimo ofensivamente, ate porque Patrick também está mal.

Diego Aguirre preferiu abrir o meio e colocar dois centroavantes com Paolo Guerrero no lugar de Johnny. Por outro lado, apostou em Edenilson vindo detrás e recuando um pouco mais o Taison, que sentiu e teve que ser substituído na metade do segundo tempo. Palácios entrou e Paulo Victor também, no lugar de Moisés. Muito tarde.

O Inter melhorou e primeiro chute no segundo tempo foi de Heitor na trave em boa iniciativa individual do jogador. Rickson no lugar de André Luiz e Brian Montenegro na vaga de Zé Roberto foram as mudanças de Eduardo Barroca. Diego Aguirre recompôs o ataque com caio Vidal pela esquerda no lugar de Patrick e Mauricio pela direita em substituição a Yuri Alberto. A ideia era municiar Guerrero na área com dois extremos de velocidade. Mas não deu tempo e evitar o zero a zero.

Cotação do Jogo - Nota 4


Internacional - Nota 4


Daniel - Fez boa defesa no chute de João Paulo e firme quando exigido. Nota 5

Heitor - Se arriscou mais no segundo tempo quando meteu uma bola na trave, sem correr riscos na defesa. Nota 6

Bruno Méndez - Firme Quando exigido. Salvou um gol num chute de João Paulo. Nota 7.

Cuesta - Subiu menos do que de costume no início do jogo, sem comprometer na defesa. Avançou mais no final. Nota 6. Moisés - Errou cruzamentos, chutou uma bola fraca de direita no primeiro tempo. Não acompanhou André Luis que ficou livre para marcar um gol anulado. Nota 2 Dourado - Tímido. Mais determinado na marcação que na criação. Nota 4 Johnny - Errou passes e mas estava bem na marcação. Pouco produtivo. Nota 4 Edenilson - Não conseguiu espaço para criar e aparecer pelo lado direito no primeiro tempo. Mais recuado no segundo, seguiu igual. Agora se apresenta à Seleção Brasileira. Nota 5 Patrick - Lento e sem a mesma força ofensiva dos melhores jogos dele. Sem ritmo. Nota 3 Taison - O melhor do meio, buscando a bola, dando passes em profundidade, mas desperdiçados pelos companheiros. Saiu machucado. Nota 5 Yuri Alberto - Bem marcado e com pouco espaço, finalizou uma no primeiro tempo sem ângulo. Foi mais apagado que o normal. Nota 4.

Paolo Guerrero - Não apareceu no jogo. Nota 3.

Palácios - Entrou mal. Perdeu boa chance de gol no finalzinho. Nota 3.

Paulo Victor - No mínimo melhor que Moisés. Deveria ter entrado antes. Nota 5

Caio Vidal - Foi o melhor dos que entraram. Chutou três vezes no gol. Mas nao acertou. Nota 6

Maurício - Correu bastante. só. Nota 4

Técnico: Diego Aguirre - Manteve o time mais pragmático com Jonnhy no lugar de Lindoso, suspenso. No primeiro tempo, o time não conseguiu criar nada produtivo em contra-ataques como se esperava. Mexeu bem no time. mas demorou demais para tirar os piores em campo: Moisés e Patrick. Parecia satisfeito com empate quando poderia vencer. Nota 5.


Atlético-GO - Nota 5


Fernando Miguel - Não foi tão exigido. Nota 5

Arnaldo - Dominou o corredor defensivo onde Moisés e Patrick não ameaçavam. Subiu mais no segundo tempo. Nota 4 Wanderson - Firme e tranquilo sem ser exigido. Nota 5 Éder - Idem a Wanderson, pois o Inter não criou problemas para a defesa. Nota 5 Igor Cariús - O Inter atacou pouco pelo lado direito e assim teve liberdade para se arriscar ao ataque errando poucos passes e tentando alguns cruzamentos. Nota 6 Baralhas - Burocrático no meio. Nota 5 Willian Maranhão - Procurou sair jogando, mas sem resultado efetivo. Nota 4

André Luís - Jogador de intensidade e movimentação. Apareceu dos dois lados do campo. Teve um gol anulado. Foi substituído cansado. Nota 6 Arthur Henrique - Substituído logo no início. Sem Nota João Paulo - Teve intensa movimentação e foi participativo no jogo. O melhor jogador do Atlético e do jogo. Nota 7 Zé Roberto - Isolado na frente, fez pouco. Nota 4

Janderson - Entrou no lugar de Arthur Henrique ainda no primeiro tempo e apareceu melhor no início do segundo com velocidade pelo lado esquerdo. Nota 5

Brian Montenegro e Rickson - quase nã tocaram na bola - Sem Nota.

Técnico: Eduardo Barroca - Colocou um time bem fechado para impedir as arrancadas do Inter, mas também sem criatividade para tentar a vitória, embora teve maiores chances de vencer. Nota 5


Legenda:


0 a 2 - Péssimo

3 a 4 - Ruim

5 - Médio

6 a 7 - bom

8 a 9 - Muito Bom

10 - Excelente



Logomarca do Instagram

Youtube.com/@cacodamotta

Caco da Motta Comuniação

MOTTA COMUNICAÇÃO

Blog do Caco, Canal do Youtube do Caco da Motta e o Podcast Cacocast são conteúdos e marcas originais do jornalista Caco da Motta e da empresa Motta Comunicação.

© Blog do Caco da Motta      I            Desenvolvido Grupo BRAUN

INSCREVA-SE

Receba nossas notícias e novidades!

Obrigado!

Motta Comunicação LTDA    I   CNPJ 08790747000100  I  Endereço Somente para Correspondência :  R. 24 de  Outubro, 1585/907  - Porto Alegre-RS, | CEP 90510-003

bottom of page