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Alisson é o titular inquestionável: o time de Ancelotti começa por ele

ALISSON É O PREFERIDO DE CARLO ANCELOTTI PARA O GOL DA SELEÇÃO. Foto: @rafaelribeirorio I CBF
ALISSON É O PREFERIDO DE CARLO ANCELOTTI PARA O GOL DA SELEÇÃO. Foto: @rafaelribeirorio I CBF


Olhar para a trajetória de Alisson é compreender por que Carlo Ancelotti inicia a construção da seleção brasileira a partir do goleiro. Não se trata de simpatia ou de apego a nomes já consolidados, mas de avaliar consistência, currículo e o peso de quem há quase uma década se mantém entre os melhores do mundo.


A ascensão começou no Internacional, ainda jovem, quando rapidamente se firmou como um dos goleiros mais promissores do país. Seu talento logo o levou à Roma, onde deixou de ser promessa para se tornar realidade. Lá viveu uma temporada emblemática em 2017/2018, conduzindo o clube italiano até a semifinal da Champions League. Essa campanha colocou seu nome definitivamente no radar do futebol europeu de elite.


O passo seguinte foi ainda maior. O Liverpool pagou, à época, a maior quantia já desembolsada por um goleiro. E, como o próprio Jürgen Klopp admitiu depois, se soubesse que Alisson entregaria tanto, teria pago até mais. O brasileiro rapidamente se tornou referência, conquistou títulos importantes e foi eleito melhor goleiro do mundo pela FIFA em 2019, além de receber o prêmio de melhor goleiro da Champions. A imagem de defesas monumentais, em jogos decisivos, consolidou a ideia de que o Liverpool só alcançou um novo patamar após a sua chegada.


Essa trajetória vitoriosa encontrou reflexo na seleção. Dunga, Tite, Diniz, Dorival e agora Ancelotti confiaram nele como titular. Cinco técnicos diferentes, com estilos distintos, mas todos enxergaram no mesmo jogador a segurança para começar uma equipe. Isso não é resultado de sorte, mas de competência reconhecida por profissionais de alto nível.


Os números reforçam. Nas últimas Eliminatórias, o Brasil sofreu 17 gols, um desempenho ruim em termos coletivos, que merece críticas. Mas quando se avalia posição por posição, Alisson foi o que apresentou a melhor média de gols sofridos. Ederson, considerado por muitos seu principal concorrente, tomou mais gols nas partidas em que esteve em campo. Bento jogou apenas uma vez e sofreu quatro. Mesmo assim, o alvo das críticas costuma ser Alisson, como se a responsabilidade de todo um sistema defensivo pudesse ser reduzida a um único jogador.


É preciso observar com mais profundidade. O gol sofrido contra a Croácia na Copa, por exemplo, sempre volta como argumento. Só que o toque de Marquinhos desviou a bola e tirou qualquer possibilidade de defesa. Em 2018, diante da Bélgica, o chute certeiro de De Bruyne virou munição para simplificações injustas do tipo “qualquer goleiro pegaria”. Na prática, goleiro não é milagreiro. Ele faz parte de uma engrenagem, e sua função é garantir regularidade e confiança. E isso Alisson oferece como poucos.


Seja na Premier League, considerada a liga mais difícil do planeta, ou na Champions League, palco dos maiores, Alisson segue entregando. Defesas de reflexo em chutes à queima-roupa, saídas seguras em bolas aéreas, interceptações no um contra um, leituras de jogo que antecipam problemas antes que eles se tornem gols. Em partidas recentes, sob o novo comando do Liverpool, recebeu elogios públicos após exibições contra gigantes como o PSG, onde interveio em todos os tipos de situações, mantendo a equipe competitiva. Essas não são atuações isoladas: são parte de um padrão de carreira.


A conclusão é simples e direta. Alisson é o titular inquestionável do Brasil porque oferece o que a seleção mais precisa neste momento: estabilidade. O gol não pode ser o espaço da dúvida, da insegurança ou da polêmica infundada. A equipe de Ancelotti precisa de base sólida para se estruturar do meio para frente, e essa base começa no goleiro.


Não se trata de negar falhas pontuais. Trata-se de colocar a avaliação em escala justa. O histórico, os títulos, os números e a ausência de alternativa mais consistente sustentam o fato de que Alisson é hoje, e continua sendo, o dono da posição. Quem quiser contestar precisa apresentar mais do que frases prontas. Até lá, o gol da seleção tem dono e o nome dele é Alisson.

 
 
 

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